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Archive for the ‘Uncategorized’ Category

Peças de teatro- Mateus Placco

OS RUIVOS- Teatro Folha.

Ameaçados de extinção, como o mico leão dourado, e taxados de gringos em seu próprio pais, os ruivos de todo o Brasil se reunem pela primeira vez, depois de anos de segregação.

No dia 20/09 fui ver o espetáculo Os Ruivos, de Pedro Monteiro e Leonardo Neves. A peça fala, de forma cômica, como os ruivos são tratados pela sociedade.Gostei da forma com que eles tratam o tema, sempre puxando para o cômico e engraçado. Confesso que ao entrar no teatro não estava nada a fim de assistir a peça, fui por causa de recomendações de amigos; ao chegar fui recepcionado pela própria atriz que logo fez uma piada, e isso me deixou mais animado.Quando a peça começou, nos primeiros instantes já comecam as palhaçadas.Resumindo,é risada do começo ao fim.

O cenario pequeno da um ar mais aconchegante,mas intimista, o que deixa a peça ainda mais atraente.O modo com que eles interagem com o pláteia também me chamou bastante atençao, e o texto é impecavel; engraçado, realista e divertido. Ao abordar temas como o bullying e a discriminação racial, o espetaculo serve de metáfora leve a divertida para falar de discriminação como um todo. Os ruivos diz respeito a assuntos que nao só fazem alusão aos ilustres portadores de cabelo vermelho,mas a todos nós.

O que eu mais gostei foi do projeto que eles fazem chamado : Teatro sem preconceito. Através dele, a grupo se apresentou em comunidades carentes, mesmo onde nao há praças ou auditorios.

Vale a pena conferir, porém a peça saiu de cartaz no dia 29/09!

 

Outra peça que fui ver, dessa vez um stand-up, foi a peça Os improvaveis, no Teatro TUCA (PUC).Já havia visto alguns vídeos no

 youtube dos numeros, mas garanto que ao vivo é muito mais engraçado. Gostei da forma com que os meninos tratam o humor, de forma irreverente e improvisada( eles deixam bem claro que tudo aquilo é improviso e feio na hora, sem texto ou ensaio).

A forma com que eles interagem com a plateia é também muito interessante. Toda hora eles pegam alguem para falar uma frase, lugar, palavra para que os jogos possam ser realizados.

Os improvaveis acontece toda quinta no Teatro TUCA em SP, com preços de 20 a 25 reais!

 

 

Tatiane Wertheim – Peças de teatro

Fui dia 26 de agosto ao Rio de Janeiro, e lá assisti ao musical, clássico dos palcos da Broadway, chamado “Um violinista no telhado”(Fiddler on the Roof), que me impressionou muito positivamente e que eu tive o enorme prazer de assistir. Está passando no Teatro Oi Casa Grande, e é um espetáculo de Charles Moeller e Claudio Botelho.

Foi escrito por Salomon Rabinovich, escritor judeu que nasceu na região ucraniana da Zona da residência judaica, que acabou emigrando para os EUA para fugir do ataque violento feito aos judeus naquela época.

Um violinista no telhado se passa no início do século XX, em uma aldeia imaginária denominada Anatevka (na Rússia sob o Czarismo) do ponto de vista de um leiteiro, pai de família judaica extremamente simples, nomeado Tevye. Ele vive lutando, trabalhando com honestidade e boa vontade, para sustentar sua família que é composta de sua mulher e suas cinco filhas. Na religião judaica tradicional, é o pai quem decide e arranja o casamento de suas filhas, e isso vai se tornar um enorme problema na peça, quando suas filhas resolvem se rebelar contra os casamentos arranjados.

Nao consigo expressar um milésimo de tudo o que eu senti ao ver a peça, também devido ao fato de o musical conseguir ser ao mesmo tempo, cômico e dramático! Acho que talvez me emocionei tanto e fiquei tão encantada, pois venho de família judaica grande, e vejo muito dos atos encenados lá, presentes em almoços de família aos quais vou quase todo domingo, ou mesmo em Shabat as sextas-feiras.

Minha família é tradicional, porém nao ortodoxa, mas as histórias e experiências que meus avós contam, sempre ficam em memória de todos, e muitas delas eu vi apresentadas no teatro. O que me chamou muito atenção foi que no musical, a primeira música cantada foi uma chamada: Tradição. E eu achei perfeitamente inserida pra a abertura, porque no judaísmo há um ditado(e também música) extremamente presente, que em hebraico é dito: “Ledor Vador”, e significa: “De geração em geração”. Músicas também muito conhecidas como “If I were a rich man” e “To life”, sao escutadas e tocadas até hoje, sejam em Bar-Mitzvás ou em festas em geral.

Boatos que a peça virá para São Paulo, vale a pena!!

 

Fui ver também, um stand up comedy no teatro Renaissance chamado Comédia Ao Vivo Humor 5 Estrelas, que foi criado em 2006, e é apresentado toda a sexta-feira. O elenco é rotativo, e apresentam comediantes diferentes, tais como: Dani Calabresa, Fabio Rabin, Luis França, Marcelo Adnet, Diogo Portugal, Geraldo Magela, Robson Nunes, Márcio Ribeiro, Micheli Machado, Nany People, Bruno Motta, Renato Tortorelli, Léo Lins, André Bernardes, Victor Sarro, Patrick Maia, Maurício Meirelles, Ben Ludmer, Marcos Castro, Murilo Gun, Fabio Lins, dentre outros.

O Show já foi visto por mais de 30.000 espectadores, foi eleito pela revista Época São Paulo, como o melhor show de stand up comedy de São Paulo em 2009, e já está em cartaz há DOIS ANOS e meio no Teatro Renaissance em São Paulo.

Achei incrível!!! Desde o minuto que cheguei no teatro, até antes mesmo de comecar o stand up, já havia motivo de riso, pelo o que os comediantes falavam no som, antes mesmo de se apresentarem e aparecerem no palco. O que me chamou muito atenção é que pude perceber que eles contam fatos que acontecem no dia-a-dia de cada um, e isso faz com que cada expectador se identifique com pelo menos..várias situações! E imagina…contadas ainda por cima de formas totalmente engracadas, não tem como sair de lá sem dar boas risadas.

Percebi que eles falavam muito de diferenças entre homens e mulheres, ressaltando sempre que resumidamente, que mulher quando começa a falar, e principalmente quando começa a brigar com o namorado/marido/etc, ninguém faz ela parar. Como todos os atores que assisti no dia peça eram homens, tinham uma visão totalmente machista, o que era mais engraçado.

Foi a segunda vez que fui nesse stand up, e recomendo fortemente para voces que estiverem afim de comecarem o fim de semana com o pé direito!

Tatiane Vila Wertheim – 4DPM

Improvável

A peça “Improvável” acontece em São Paulo uma vez por mês desde janeiro de 2009, ela é encenada pela Cia. Barbixas de humor, que é composta por 3 humoristas base, Anderson Bizzocchi, Daniel Nascimento e Elidio Sanna.
É baseada em um programa inglês e americano, “Whose Line is it Anyway?” Nele, um Mestre de Cerimônias aquece a platéia com uma pequena introdução antes do espetáculo interagindo com o público e explicando como eles poderão influenciar nas cenas. Na hora das improvisações ele seleciona as sugestões da platéia e explica os mecanismos e as regras dos jogos de improvisação.

A cada apresentação é chamados o humorista convidado para completar o elenco. E como tudo é baseado no improviso, o público sempre verá uma peça diferente e interativa Seu principio é a interação da platéia nos jogos realizados durante a peça.

O publico tem a como sua principal função a construção da cena, no inicio da peça. No saguão do teatro há dois baús, um para serem sugeridos lugares e outro, frases. Toda peça conta com um mestre de cerimônias convidado, o qual vai conduzir a peça, explicar as regras do jogo e escolher os jogadores.
A peça começou a ficar conhecida através dos vídeos postados na internet, no seu canal do youtube.

A peça é improvisada por isso você não cansa de ver, os jogos sempre mudam e os convidados também, ela é bem dinâmica e interativa. E com um custo bem acessível.

Imperdível!

A peça está em cartaz toda a quinta feira no Teatro Tuca da PUC, e nos demais dias eles atuam pelo Brasil inteiro.
Preço:50 reais inteira/ 25 meia
Telefone:   (11)  3670-8453
Endereço: Teatro TUCA Rua Monte Alegre, 1024 – Perdizes

Henrique Gomes Mendes

A Escola do Escândalo

Adaptada e dirigida por Miguel Falabela, é uma peça baseada na comédia Inglesa de Richard Sheridan de 1777 que retrata muito bem os costumes da aristocracia inglesa.

A apresentação conta com tudo o que uma grande peça exige para ser considera como um espetáculo. Tem uma ótima produção, onde exige a interação entre cenários, trilhas sonoras e figurinos em uma exata combinação, somando tudo isso mais a atuação sem deixar a desejar dos atores, Tônico Pereira, Cristina Mutarelli, Bruno Garcia, Armando Babaiofe e mais um grande elenco de atores talentosos que utilizam muitas vezes da vertente cômica para incorporar nos personagens um caráter único nos levando a sensação de estarmos realmente vivendo na época a ser relatada, o século XVIII

A peça trás em seu conteúdo todo luxo, riqueza, falsidade, intriga, fofoca, jogos de interesse e muita decadência, ambientados nos salões da corte londrina da época

A soma do conjunto de atores, figurinistas e técnicos, que durante os cinco atos da peça envolve  o público o bom humor das  piadas, que são introduzidas e adaptadas a nosso dia a dia, brincando com nossa política, hábitos e costumes.

O cenário e o figurino foram pensados para mostrar luxo e riqueza,pois  é uma peça de aparências. O elenco transita por um palco repleto de espelhos gigantes, com figurinos criados por Emília Duncan que incluem perucas enormes. O cenário tem dois lustres de época, além de quadros e poltronas, reforçando a idéia de manter o espectador na época.

Vale a pena conferir!

Local: Teatro Raul Cortez (520 lugares).
 Endereço: Rua Doutor Plínio Barreto, 285 – Bela Vista.
Exibições: Sexta, às 21h30; sábado, às 21h; domingo, às 18h.
Ingressos: Valor: 80.
Classificação etária: 12 anos.
 Temporada: 08 de julho. Até 18 de setembro.

Henrique Gomes Mendes

Da Augusta à Broadway

Minha primeira peça se chama A vida é uma comédia do diretor Marcos Wainberg, o mesmo do quadro Severino do Zorra Total da rede Globo. A peça conta apenas com um ator, Fábio Moraes que interpreta 5 personagens diferentes em um monólogo muito engraçado que discute questões do cotidiano como relacionamentos amorosos, ditados populares, musicas de sucesso, política, etc. É uma comédia divertida, Fábio Moares é um ator muito talentoso e versátil pois consegue fazer vozes diferentes e interpretar uma mulher. O interessante desta peça é que há momentos de improviso o que torna cada apresentação diferente da outra. O fator X da peça é justamente o talento do ator e  isso que conquista os espectadores.O palco é um camarim onde ele tem peças de roupa para se trocar e objetos para usar em sua dramatização. Para quem gosta do gênero, é certeza de boas risadas do começo ao fim. A peça está em cartaz no teatro Procópio Ferreira na avenida Augusta. Não achei aspectos negativos.

Já minha segunda peça é uma produção da Broadway que tive oportunidade de assistir em Julho que é o Homem Aranha. Na história Peter Parker vive a origem de sua transformação e ainda vive o conflito interno em se render a uma paixão por sua amiga Mary Jane ou continuar combatendo o crime. A trama também traz um personagem inédito que é a deusa ranha que lhe deu seus poderes e o deseja para si, além do tradicional vilão Duende Verde.O elenco é extenso, 41 atores e dançarinos e ainda conta com composições da banda irlandesa U2 para a trilha sonora junto com outras 24 pessoas da produção. É um espetáculo que conta com luzes, um palco que troca de cenário com uma facilidade que impressiona e vôos do herói aracnídeo por cima das cabeças dos espectadores. Uma produção digna de Hollywood e um orçamento nada modesto fazem do Homem Aranha um musical que vale a pena conferir. Achei no quesito técnico de produção simplesmente impecável. Porém, acho que as vezes menos é mais. A peça tem muitas cenas de ação que extrapolam um pouco o limite do bom senso. As vozes dos atores estão muito bem treinadas e preparadas pro longo período de exibição que já dura quase 11 meses. As fantasias também surpreendem pelos seus acabamentos. A peça alterna dinâmicas com momentos mais calmos, tristes e partes de ação e suspense.

Pedro Cajado

O homem feio – Marius von Mayenburg

Sábado dia 1 de outubro resolvi ir ao Teatro Laboratório ECA-USP assistir uma peça que um pessoal de cinema da faap tinha comentado. A peça conta a história de um homem que um certo dia descobre que é feio e resolve fazer uma cirurgia no rosto e a partir dai a a história começa a se desenrolar , confesso que sai de lá um pouco para “baixo” … porém meu senso de humor no dia não estava muito bom !! A peça se categoriza como comédia. A entrada é de grátis e a retirada do ingresso é feita no local uma hora antes. E o horário é as 22.30 para quem não tinha nada para fazer até que foi bom pois não paguei nada e o tempo passou um pouco mais rápido.

(Marcello Biondi 40912096)

Diferentes meios de se contar historias

Ballet Kirov de São Petersburgo: O Lago dos Cisnes

Há pouco tempo fui ver no cinema o filme “Cisne Negro”. Uauh! Um filmão! Que fazendo uso de todos os recursos disponíveis do cinema e me casou um enorme impacto. Logo em seguida fui convidado  pela minha mãe para ir assistir o “O Lago dos Cisnes”,  apresentado pelo Ballet Kirov no Teatro Municipal.  Estava super animado e um pouco preocupado ao mesmo tempo por conta das comparações que eu poderia fazer.  Mas tive uma deliciosa surpresa. O programa foi o máximo. O teatro Municipal, totalmente restaurado, estava lindo.  Combinava completamente com a música – Tchaikovsky – com o cenário, com os passos suaves e leves dos bailarinos.

Foi maravilhoso!  Parecia que eu que tinha voltado no tempo!

Cirque Du Soleil: Varekai

Esse ano o Cirque du Soleil está com a o show Varekai em cartaz. Eu pesquisei um pouco antes de ir e descobri duas coisas ao chegar lá: primeiro que não adianta nada ler sobre a historia do espetáculo porque na hora eu não entendo nada mesmo e só me inpressiono com as manobras arriscadas e precisas e segundo que eu não sou o único que não entende nada, três sites falavam que o personagem principal vinha do céu e uns dois erraram o signifcado de Varekai. O Ícaro é o personagem principal e ele vem de uma cidade no topo de um volcão e Varekai significa “em todo lugar”. Isso não ajuda em nada a apreciar o espetáculo, resumindo aprecie o show que é incrível, mas desista de entender porque a graça é o “Q” inusitado e chocante do Cirque du Soleil. Ah é, não chegue atrasado e não saia antes pra não pegar transito por que as melhores partes são a entrada do Ícaro e a parte final com os balanços.

Thomaz Brunetti de Abreu Figueiredo 4BPM

Nostalgia e surpresa no teatro!

Ola galera do BPM!

Hoje eu estou aqui para falar de uma experiência engraçada, nostálgica, porém muito boa.

No dia 18 de Setembro eu fui ao teatro Ressurreição para assistir ao espetáculo infantil  “O rei leão”. O remake é muito fiel ao filme e gera uma experiência para as crianças que podem ver os personagens materializados de perto. A produção conta com um cenário simples porém com elementos para acrobacias do elenco que retrata de forma muito característica os personagens e sua personalidade, o que me deixou muito impressionado foi a capacidade de projetar a voz dos personagens trabalhadas pelos atores, onde, apesar do tamanho não muito grande do teatro, ainda há o desafio de infantilizar  ou enrouquecer a voz e se fazer ouvir e entender ao publico. A única coisa a se aprimorar, na minha visão leiga, seria o momento das musicas, pois não sei o porque do motivo, não são dubladas com as mesmas vozes do filme. Mas em um saldo geral o espetáculo é um ótimo programa para os pequenos e para os grandes que acompanharam o filme na infância, e esta em cartaz aos sábados as 17:30, por tempo indeterminado.

Minha segunda experiência de surpresa ocorreu no dia 2 de Outubro, quando fui ao teatro FAAP para assistir ao espetáculo de humor “Eu era tudo para ela e ela me deixou”. O roteiro desta divertida comedia é uma excelente opção para os apaixonados por teatro, contando com “tiradas” geniais, tanto clichês, quanto baseadas em atualidades muito presentes. Em relação ao roteiro não há nenhuma crítica a ser feita, apenas alguns detalhes a respeito da produção me incomodaram: o microfone anexado à testa dos personagens, retira o fator da realidade e da uniformidade do figurino, e dependendo da posição em que seu acento esta posicionado, certos elementos do cenário, que é pequeno mas bem detalhado, fica oculta. Mas este elemento não atrapalha a visibilidade das personagens e nem atrapalha na fluidez da cena.

Essa foi minha visão a respeito das peças.

Espero que tenham gostado.

 

Gustavo Alckmin Fonseca – Peças de Teatro

“TOC TOC”

Diretor: Alexandre Reinecke

Elenco: Carô Parra, Gustavo Vaz, Didio Perini, Ariel Moshe, Sandra Pêra, Andréa Mattar e Cynthia Falabella

Sinópse:

Toc Toc trata de maneira criativa e cômica um transtorno que atinge parte da população mundial denominado Toc. A peça gira em torno de um grupo de seis pacientes ansiosos para se consultarem com o Doutor Stein, um médico muito recomendado para o tratamento de TOC. Alguns imprevistos levam ao atraso excessivo do médico e esta demora faz com que os pacientes que estavam desconfortáveis com os seus transtornos no início, acabem formando um grupo de terapia de auto-análise, onde um tenta ajudar a resolver os distúrbios do outro.

Meu olhar:

A peça me agradou por vários motivos.  Eu gostei muito do jeito inteligente como ela aborda esses transtornos, conseguindo tratar de um problema que é sério e que afeta a população, de maneira engraçada, afinal não tem como não rir dos personagens fazendo seus rituais repetidamente. Uma das coisas que torna essa peça ainda mais cômica é o fato de que muitos dos que assistiram, se identificaram e se viram fazendo os mesmos rituais, inclusive eu.

O cenário era muito harmônico em relação ao enredo da peça, já que ele estava montado de forma que os personagens consigam demonstrar alguns de seus TOCs. Os detalhes das listas no chão fazem parte de um dos transtornos, já que um dos personagens não consegue pisar nelas. As revistas e livros na estante mostram o TOC de outro personagem que não consegue fazer nada sem ter que contar, não consegue nem folhear uma revista sem saber quantas folhas ela possui. O banheiro localizado no lado esquerdo do palco serve para mostrar a necessidade de lavar a mão várias vezes seguidas de uma das personagens.

A iluminação também estava bastante de acordo, pois iluminava o palco sem muitas mudanças, porém, para representar o passar do tempo durante algumas conversas ou jogos entre os pacientes, as luzes diminuíam e aumentavam, ora ficando muito escuro, ora voltando ao normal com o objetivo de mostrar realçar alguns instantes de longas horas.

Considerações finais:

De forma geral, a peça é muito interessante tanto pra quem sofre desses transtornos quanto pra quem conhece pessoas que os possui,  pois ela ajuda a entender, de forma inteligente e extrovertida, esse problema muito comum que afeta população. Indico à todos que se interessam por esse assunto e que gostam de peças que provocam boas risadas.

 

“Eu era tudo pra ela e ela me deixou”

com Marcelo Médici e Ricardo Rathsam

 

Sinopse:
Samuel é surpreendido pelo pedido de divórcio de sua mulher, Dóris, após dez anos e meio de casamento. Expulso de casa pede abrigo a sua mãe, mas é rechaçado por ela. Aquele a quem julgava seu melhor amigo também não o recebe. Desnorteado, vai parar num submundo que lhe é desconhecido, vivenciando uma longa jornada noite adentro, encontrando bandido, um bêbado, uma prostituta com tendências suicidas e outros seres que nunca fizeram parte de sua realidade.

 

Meu olhar:

Achei que a peça apesar de possuir uma estética visual bem “retro” abrange uma linguagem muito moderna tratando do universo das redes sociais, televisão, novelas, notícias sobre famosos e por aí vai.

O cenário me chamou muita atenção, pois é muito bem disposto no palco e possui riqueza nos detalhes e no acabamento visual. Achei muito legal a questão do cenário “poder” se transformar e se movimentar dando assim maior fluidez e acompanhando o movimento de encenação dos atores.

Mesmo tratando de um tema de certa forma muito “chato” para algumas pessoas que é o “sentido da vida” que percebemos que é discutido várias vezes ao longo da peça. Ela aborda esse tema de uma maneira bem lúdica e engraçada tirando assim o “peso” dessa chatice.

O figurino dos atores deixava transparecer muito essa questão do “retro” e do brega de certa forma como no terno de Samuel que é um dos personagens principais.Oque achei mais interessante nesse âmbito foi a velocidade e a variedade com que o ator principal, Marcelo Médici, troca de roupa e de figurino assumindo e caracterizando um personagem totalmente diferente do outro. É impressionante a diferença estabelecida entre todos os personagens feitos por ele, à mudança de personalidade e até mesmo de aparência.

A iluminação seria o único aspecto que não me agradou muito. O sistema de cores estava muito vibrante e colorido em momentos de suspense ou mesmo de tristeza. Mas acompanhou muito bem o “movimento” da peça ao seu decorrer.

Uma coisa que achei muito interessante na peça foi a reafirmação da falta de logística e decência de nosso sistema de presídios na cena de um dos personagens feitos por Marcelo de um bandido que está a solta e dorme no mesmo quarto que Samuel (o marido abandonado).

Gostei muito também das piadas e expressões que foram contadas na peça como: “galinha que é galinha, aprende a nadar para transar com o pato”. Ou mesmo, “Pato que come pedra sabe o c* que tem”.

 

 

Considerações finais:

A peça como um todo é muito divertida e engraçada, pois apesar da estética retro abrange temas muito modernos da maneira mais engraçada possível. O ator principal Marcelo Médici é impressionantemente bom, assumindo inúmeros papéis e reproduzindo personagens totalmente diferentes, porém um mais engraçado que o outro.Recomendo a todos que querem relaxar e se divertir no final de semana ou em qualquer dia. Muito Bom!

 

Paraíso Perdido por Mauro Maiorino

No dia 27 de setembro assisti o espetáculo Paraíso Perdido.
Paraíso perdido é um espetáculo que possuem torno de 30 dançarinos.
Em busca do prazer e dos desejos humanos, porém suas limitações físicas e psicológicas são mostradas de uma forma de sincrônica de movimentos de dança. Usa-se movimentos fortes e suaves para demonstrar o esforçar humano para se libertar destas limitações.
O figurino possui peças soltas e transparentes, onde algumas dessas peças mostram partes do corpo dos dançarinos, remetendo a liberdade, e outras partes do corpo coberta remetendo as limitações. Trazendo a tona a busca incansável pelo prazer, juntamente com a a trilha sonora , ora acelerada , ora mais calma, os dançarinos acompanham o ritmo desta trilha, muitas vezes com acessórios para chamar mais a atenção aos movimentos, já que o cenário não possui nenhum tipo de acessório.